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Mãe de recém-nascido encontrado morto em Chã Preta é investigada por infanticídio

De acordo com delegado Fernando Lustosa, a mãe de Heitor da Silva responderá em liberdade enquanto os exames complementares são realizados para saber se morte de bebê foi acidental ou criminosa.

A Polícia Civil de Alagoas informou, na tarde desta terça-feira (16), que a mãe do recém-nascido Heitor da Silva Santos, morto por asfixia mecânica por sufocação, está sendo investigada por infanticídio, que é quando a mulher atenta contra a vida de seu filho. O menino tinha 21 dias de nascido e foi encontrado morto dentro de casa no município de Chã Preta, interior de Alagoas, na última sexta-feira (12).

A mãe de Heitor foi presa após o bebê ser encontrado morto. No primeiro momento, ela foi encaminhada para o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) do município e prestou depoimento para os policiais. Quando a audiência de custódia foi encerrada, ela foi liberada.

A mãe do recém-nascido responderá ao processo em liberdade, enquanto os exames complementares são realizados para identificar se a morte do bebê foi acidental ou criminal.

De acordo com o delegado Fernando Lustosa, do 99º Distrito Policial, policiais militares e representantes do Conselho Tutelar de Chã Preta encaminharam a suspeita à Delegacia Regional de Murici, onde ela foi autuada pelo delegado plantonista.

“Nós recebemos as peças do laudo de prisão em flagrante e eu determinei à equipe de Chã Preta que iniciasse as oitivas com parentes e vizinhos. Estamos aguardando também a confecção do laudo cadavérico definitivo, após a realização de exames complementares do material retirado do bebê”, afirma o delegado.

Lustosa salientou também que desde o início a Polícia Civil teve a preocupação de colher todos os elementos necessários para apurar a causa da morte da criança e a responsabilidade da mãe no fato.

Exame de Necropsia 🏥
O Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima informou que após realizar a necropsia do corpo do recém-nascido Heitor da Silva Santos, constatou que há indícios de que o bebê tenha morrido por asfixia mecânica por sufocação. O IML destacou também que não foram identificados sinais de espancamento.

“Importante destacar que, durante o exame, não foram encontrados sinais de espancamento. Não houve a presença de equimoses ou fraturas, que poderiam indicar violência física”, afirmou o perito médico legista João Paulo, responsável pelo exame.

O médico explicou também que ainda não foi possível identificar se a sufocação ocorreu de forma direta, quando as vias aéreas são obstruídas por algum obstáculo; ou indireta, quando há compressão do tórax que impede sua expansão, “como pode ocorrer em casos acidentais, por exemplo, quando um adulto dorme sobre a criança”.

 

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