Valdir Agostinho Piran Junior
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Estruturação e emissão de CRI e CRA

De acordo com Valdir Piran Jr., fundador da Intrabank, a securitização tem se tornado cada vez mais popular como uma forma de captação de recursos no mercado financeiro. Dentre os instrumentos utilizados nesse processo, destacam-se os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Esses títulos oferecem aos investidores a oportunidade de participar de maneira indireta em setores específicos da economia, como o imobiliário e o agronegócio, proporcionando diversificação e potencial de retorno atrativo. Neste artigo, vamos explorar a estruturação e emissão desses instrumentos financeiros.

 

CRI e CRA

 

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são títulos de crédito lastreados em recebíveis do mercado imobiliário, tais como aluguéis, vendas de imóveis e financiamentos habitacionais. Já os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são lastreados em recebíveis gerados pela produção, comercialização e financiamento de produtos do agronegócio. Ambos os instrumentos são emitidos por securitizadoras, que são empresas especializadas na estruturação e administração dessas operações.

 

Estruturação

 

Valdir Piran Jr. explica que a estruturação de um CRI ou CRA envolve várias etapas. Primeiramente, uma empresa originadora, que pode ser uma instituição financeira, uma incorporadora imobiliária ou uma cooperativa agropecuária, por exemplo, seleciona os recebíveis que serão securitizados. Em seguida, esses recebíveis são transferidos para uma securitizadora, que os agrupa em uma carteira e emite os títulos correspondentes. Essa transferência de ativos para a securitizadora é conhecida como cessão de direitos creditórios.

 

Garantia e segurança

 

Para garantir a segurança dos investidores, os recebíveis que lastreiam os CRIs e CRAs devem ser de boa qualidade e passar por uma análise criteriosa. Além disso, é comum que haja uma estrutura de garantias para os títulos, como a alienação fiduciária dos imóveis ou o penhor de produtos agrícolas. Essas garantias ajudam a proteger os investidores em caso de inadimplência dos devedores originais.

 

Características específicas

 

Após a estruturação, os CRIs e CRAs são oferecidos ao mercado por meio de uma oferta pública. Os investidores interessados podem adquirir os títulos diretamente ou por meio de fundos de investimento especializados. Valdir Piran Jr. considera importante ressaltar que os CRIs e CRAs possuem características específicas, como prazos de vencimento, remuneração, forma de pagamento dos rendimentos e liquidez, que devem ser avaliadas pelos investidores antes de tomar uma decisão.

 

Emissão de CRIs e CRAs

 

Os recursos captados por meio da emissão de CRIs e CRAs são direcionados para a empresa originadora dos recebíveis, permitindo que ela obtenha liquidez imediata e possa utilizar esses recursos para novos investimentos ou para o pagamento de dívidas. Por sua vez, os investidores se tornam credores dos recebíveis e passam a receber os pagamentos conforme os fluxos de caixa gerados pelos ativos se curitizados. Esses pagamentos podem ocorrer periodicamente, como juros ou amortizações, de acordo com as condições estabelecidas no contrato do título.

 

Principais vantagens

 

Para Valdir Piran Jr., uma das principais vantagens da securitização por meio de CRIs e CRAs é a diversificação de investimentos. Os investidores têm a oportunidade de acessar setores específicos da economia, como o imobiliário e o agronegócio, sem precisar adquirir diretamente os ativos subjacentes. Isso proporciona uma maior flexibilidade na construção de uma carteira de investimentos, permitindo a alocação de recursos em diferentes classes de ativos e segmentos da economia.

 

Retorno atrativo

 

Além disso, os CRIs e CRAs oferecem potencial de retorno atrativo. Os títulos são remunerados por meio de juros e, em alguns casos, podem ter taxas superiores às de outras modalidades de investimento de renda fixa tradicionais. Isso ocorre devido ao perfil de risco associado aos recebíveis securitizados, que podem apresentar um menor risco de crédito em comparação com outros títulos de renda fixa, como os títulos públicos.

 

Os riscos

 

No entanto, é importante ressaltar que a securitização por meio de CRIs e CRAs também possui riscos. Valdir Piran Jr. nos lembra que os investidores estão expostos ao risco de crédito dos devedores originais, ou seja, a possibilidade de inadimplência nos pagamentos dos recebíveis. Portanto, é fundamental realizar uma análise criteriosa da qualidade dos ativos que lastreiam os títulos antes de investir.

 

Em resumo 

 

A estruturação e emissão de CRIs e CRAs são processos fundamentais no mercado de securitização. Esses instrumentos oferecem aos investidores a oportunidade de participar indiretamente nos setores imobiliário e do agronegócio, diversificando seus investimentos e buscando potencial de retorno atrativo. No entanto, é necessário realizar uma análise cuidadosa dos ativos subjacentes e considerar os riscos envolvidos antes de investir em CRIs e CRAs. A securitização continua sendo uma opção interessante para empresas que buscam captar recursos e investidores que desejam diversificar suas carteiras, contribuindo para o desenvolvimento do mercado financeiro.

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